sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Donceveo pesquisa fenômenos de moda com caráter performático
Moda, Performance e História em Belo Horizonte
Como desenvolvimento do laboratório de performance, Donceveo apresentou a proposta "donceveo: do vac - Moda, Performance e História em Belo Horizonte" para o edital "Passarela Aberta" do evento Verão Arte Contemporânea 2009, do Grupo Oficcina Multimedia (www.veraoarte.com.br).
A proposta consiste no remake, em formato de intervenção, de um fenômeno de moda, com caráter performático, muito importante na história da moda em Belo Horizonte: a Tarde Azul.
"Era a época das gardens parties, onde melindrosas e almofadinhas exibiam suas toilettes modernas. Os mancebos: chapéus enterrados até as orelhas, colarinhos altos com gravatas borboletas, paletós cintadíssimos e compridos, calças largas em cima e apertadas embaixo, polainas, calçados ponta-de-agulha e a indefectível flor do peito. As moças que começam a gozar de alguma liberdade: cabelos curtos a la garçonne, com nucas nuas e accroche coeurs em ganchos cada vez maiores, chapéus pequenos e enterrados até os olhos, saias generosamente mais curtas e blusas onde aparecem os primeiros decotes copiados das artistas americanas. Versões locais de Barbara la Marr, Gloria Swanson, Rodolfo Valentino e George Walsh desfilam ao som da nova trilha sonora. Trazidos pelo rádio ou pelas vitrolas, maxixes, valsas, modinhas e chorinhos de Ernesto Nazaré e Zequinha de Abreu, além de tango, fox-trote e charleston embalam o ambiente.
Uma dessas gardens parties causou grande sensação e entrou para a crônica belo-horizontina: a famosa Tarde Azul, organizada no Parque Municipal. Em 1927, no segundo ano do mandato de Antônio Carlos, o governo resolveu festejar com músicas e flores a entrada da primavera. O Parque romântico, graciosamente ornamentado, ostentava nessa ocasião uma iluminação especial: luzes azuis cuidadosamente espalhadas pelo coretos, árvores e pontes. As moças bonitas da capital atenderam ao bucólico apelo oficial, comparecendo em massa, vestidas de azul, e dançaram nos gramados do Parque."
Fonte: "Parque Municipal - Crônica de um século" - CRVD, 1992
Propomos o remake da Tarde Azul, com a participação do grupo e de colaboradores convidados. No dia 14 de janeiro, faremos uma intervenção-convite na abertura do Passarela Aberta do VAC 2009, na entrada do Teatro Francisco Nunes, no Parque Municipal, a partir das 19h30. A intervenção tem como objetivo convidar os interessados para o remake da Tarde Azul no dia 18 de janeiro, no mesmo local, às 16h.
A produção de moda da intervenção incluirá uma pesquisa de figurinos da época ou de produções contemporâneas em tom de azul, principalmente para as mulheres. Para os homens, a produção é formal, também com referência ao figurino de época e ao tom azul.
A realização dos remakes de fenômenos de moda com caráter de performance tem também o objetivo de aprofundar e desenvolver a pesquisa sobre a história da moda em Belo Horizonte realizada pelo Jornal Arena da Moda (www.arenadamoda.org) e pelo projeto Museu Capital da Moda (www.museucapitaldamoda.com).
Como desenvolvimento do laboratório de performance, Donceveo apresentou a proposta "donceveo: do vac - Moda, Performance e História em Belo Horizonte" para o edital "Passarela Aberta" do evento Verão Arte Contemporânea 2009, do Grupo Oficcina Multimedia (www.veraoarte.com.br).
A proposta consiste no remake, em formato de intervenção, de um fenômeno de moda, com caráter performático, muito importante na história da moda em Belo Horizonte: a Tarde Azul.
"Era a época das gardens parties, onde melindrosas e almofadinhas exibiam suas toilettes modernas. Os mancebos: chapéus enterrados até as orelhas, colarinhos altos com gravatas borboletas, paletós cintadíssimos e compridos, calças largas em cima e apertadas embaixo, polainas, calçados ponta-de-agulha e a indefectível flor do peito. As moças que começam a gozar de alguma liberdade: cabelos curtos a la garçonne, com nucas nuas e accroche coeurs em ganchos cada vez maiores, chapéus pequenos e enterrados até os olhos, saias generosamente mais curtas e blusas onde aparecem os primeiros decotes copiados das artistas americanas. Versões locais de Barbara la Marr, Gloria Swanson, Rodolfo Valentino e George Walsh desfilam ao som da nova trilha sonora. Trazidos pelo rádio ou pelas vitrolas, maxixes, valsas, modinhas e chorinhos de Ernesto Nazaré e Zequinha de Abreu, além de tango, fox-trote e charleston embalam o ambiente.
Uma dessas gardens parties causou grande sensação e entrou para a crônica belo-horizontina: a famosa Tarde Azul, organizada no Parque Municipal. Em 1927, no segundo ano do mandato de Antônio Carlos, o governo resolveu festejar com músicas e flores a entrada da primavera. O Parque romântico, graciosamente ornamentado, ostentava nessa ocasião uma iluminação especial: luzes azuis cuidadosamente espalhadas pelo coretos, árvores e pontes. As moças bonitas da capital atenderam ao bucólico apelo oficial, comparecendo em massa, vestidas de azul, e dançaram nos gramados do Parque."
Fonte: "Parque Municipal - Crônica de um século" - CRVD, 1992
Propomos o remake da Tarde Azul, com a participação do grupo e de colaboradores convidados. No dia 14 de janeiro, faremos uma intervenção-convite na abertura do Passarela Aberta do VAC 2009, na entrada do Teatro Francisco Nunes, no Parque Municipal, a partir das 19h30. A intervenção tem como objetivo convidar os interessados para o remake da Tarde Azul no dia 18 de janeiro, no mesmo local, às 16h.
A produção de moda da intervenção incluirá uma pesquisa de figurinos da época ou de produções contemporâneas em tom de azul, principalmente para as mulheres. Para os homens, a produção é formal, também com referência ao figurino de época e ao tom azul.
A realização dos remakes de fenômenos de moda com caráter de performance tem também o objetivo de aprofundar e desenvolver a pesquisa sobre a história da moda em Belo Horizonte realizada pelo Jornal Arena da Moda (www.arenadamoda.org) e pelo projeto Museu Capital da Moda (www.museucapitaldamoda.com).
Moda e Arte
"Foi com o desenvolvimento de tais mecanismos na moda que o vestuário tornou-se uma arte moderna. Ela começou a operar simbólica e alusivamente por meio de formas e ornamentos variáveis, usando suas próprias formas aplicadas e sugestivas em contraponto dinâmico aos contornos reais dos corpos. Desde então a moda tem feito isto, exatamente como a arte, entrando em acordo com as formas naturais para criar uma sequência vital em seu próprio meio. Mas na moda, é claro, parte do meio é sempre o indivíduo sofrendo a experiência da vida.
Simultaneamente e em harmonia com outras artes visuais, o vestuário veio para propor um programa ilusionista e tridimensional para o corpo vestido, um novo meio ficcional, uma forma poética, algo que carrega consigo verdades imaginadas que têm o status adicional de fatos relatados, um drama que se vale de atores vivos. O corpo propriamente dito tornou-se tema de ficção. As pessoas tornaram-se figuras e personagens, e não apenas membros de grupos. A moda inventou um vocabulário visual poético para demonstrar, mesmo de modo inconsciente, os temas sobrepostos e simultâneos de temporalidade e contingência, ou de localização social e personalidade, mas sempre nos termos sexualizados que são exigidos pelo corpo vivo, dele ou dela. O vestir competitivo passou a fundamentar-se nas mudanças sugestivas do contorno, cor, linha e proporção, todos relativos às formas corpóreas, e em uma malícia variável nas formas dos ornamentos, e não apenas no seu valor."
Anne Hollander - "O sexo e as roupas - A evolução do traje moderno"
Simultaneamente e em harmonia com outras artes visuais, o vestuário veio para propor um programa ilusionista e tridimensional para o corpo vestido, um novo meio ficcional, uma forma poética, algo que carrega consigo verdades imaginadas que têm o status adicional de fatos relatados, um drama que se vale de atores vivos. O corpo propriamente dito tornou-se tema de ficção. As pessoas tornaram-se figuras e personagens, e não apenas membros de grupos. A moda inventou um vocabulário visual poético para demonstrar, mesmo de modo inconsciente, os temas sobrepostos e simultâneos de temporalidade e contingência, ou de localização social e personalidade, mas sempre nos termos sexualizados que são exigidos pelo corpo vivo, dele ou dela. O vestir competitivo passou a fundamentar-se nas mudanças sugestivas do contorno, cor, linha e proporção, todos relativos às formas corpóreas, e em uma malícia variável nas formas dos ornamentos, e não apenas no seu valor."
Anne Hollander - "O sexo e as roupas - A evolução do traje moderno"
donceveo performance
apresentação
donceveo performance é um grupo que investiga diferentes linguagens de intervenção no cotidiano, nas relações, na cidade e na cultura, através de laboratórios de performance.
quem é donceveo
donceveo são todas as pessoas que são/estão em deslocamento:
em deslocamento de referências, de modelos, de memórias, de padrões, de experiências...
donceveo = de onde você veio + de onde você vê
buscas e perspectivas
donceveo performance investe na pesquisa de referências e intervenções, como laboratórios de performance, que fomentem a superação de um corpo com olhar e poros embotados, fechados, viciados em molduras, filtros, moldes pasteurizados. Na performance de pesquisa, donceveo investiga:
* observação e interação
* delicadeza e gentileza
* humor e alegria
* moda e figurino
* cidade descentralizada
* tempo e memória
* gêneros flexíveis, entre outros temas...
trânsito e trajetória
donceveo tem início em 2007, no encontro afetivo e cultural de als, ed e g, com a percepção do laboratório de performance como pesquisa, exercício e intervenção do corpo cultural na contemporaneidade, seus limites, tensões e potencialidades.
Através de atividades de formação e pesquisa em performance, teatro, dança, moda e cultura, e de intervenções-laboratórios realizadas, donceveo iniciou sua trajetória com foco no trânsito de corpos, de corpos em trânsito, em transitoriedade de identidade, de gêneros, de estados, em busca de sentido, de experiência e de conquista da sensação e estar/ser na cidade, com o outro, consigo mesmo, em um contexto temporal.
como encontrar
Donceveo Email - donceveo@gmail.com
donceveo performance é um grupo que investiga diferentes linguagens de intervenção no cotidiano, nas relações, na cidade e na cultura, através de laboratórios de performance.
quem é donceveo
donceveo são todas as pessoas que são/estão em deslocamento:
em deslocamento de referências, de modelos, de memórias, de padrões, de experiências...
donceveo = de onde você veio + de onde você vê
buscas e perspectivas
donceveo performance investe na pesquisa de referências e intervenções, como laboratórios de performance, que fomentem a superação de um corpo com olhar e poros embotados, fechados, viciados em molduras, filtros, moldes pasteurizados. Na performance de pesquisa, donceveo investiga:
* observação e interação
* delicadeza e gentileza
* humor e alegria
* moda e figurino
* cidade descentralizada
* tempo e memória
* gêneros flexíveis, entre outros temas...
trânsito e trajetória
donceveo tem início em 2007, no encontro afetivo e cultural de als, ed e g, com a percepção do laboratório de performance como pesquisa, exercício e intervenção do corpo cultural na contemporaneidade, seus limites, tensões e potencialidades.
Através de atividades de formação e pesquisa em performance, teatro, dança, moda e cultura, e de intervenções-laboratórios realizadas, donceveo iniciou sua trajetória com foco no trânsito de corpos, de corpos em trânsito, em transitoriedade de identidade, de gêneros, de estados, em busca de sentido, de experiência e de conquista da sensação e estar/ser na cidade, com o outro, consigo mesmo, em um contexto temporal.
como encontrar
Donceveo Email - donceveo@gmail.com
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Laboratório de Performance: Nós somos a história
Intervenção no Centro Cultural Vila Marçola, Serra, evento "Aglomere-se".
Laboratório de Performance: Nós somos a história
Intervenção no "Aglomere-se", evento do Centro Cultural Vila Marçola, Serra.
Laboratório de Performance: Carona
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A partir de Workshop de Performance ministrado por Marco Paulo Rolla na Quick Cia de Dança.
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